Pensamentos Intrusivos – O que você sabe sobre eles?

Ter pensamentos intrusivos é algo mais comum do que se imagina. Enquanto seres humanos, nossa mente fabrica milhares de pensamentos ao longo dos dias que surgem para nós de maneiras bem diferentes. Podem ser reflexões e ideias que nos trazem frutos, assim como pensamentos distintos e estranhos ao que consideramos ser normal.

Todos temos pensamentos intrusivos em alguma medida. Alguns podem fazer sentido, outros não. Mas a verdade é que tê-los faz parte das experiências humanas que vivemos e lidar bem com ela pode ser um meio importante de resguardar nossa saúde mental, dependendo das circunstâncias em que surgem e de que maneira enxergamos essa vivência.

Diante desses pensamentos, normalmente se constroem cenários imaginários e passamos a reproduzir mentalmente algumas preocupações ou ideias que podem ou não se manifestar. Quando não sabemos bem o que fazer com pensamentos intrusivos, passamos a dedicar grande parte de nosso tempo a essas idealizações, sejam elas boas ou ruins.

Mas esse aparecimento em si não é algo negativo, podendo servir inclusive como forma de comunicação do nosso inconsciente. No entanto, se torna um transtorno, quando passa a dificultar nosso bem estar e a desestabilizar nossa estabilidade emocional. Falaremos sobre essas e outras esferas que envolvem os pensamentos intrusivos no artigo de hoje.

O que são pensamentos intrusivos?

Pensamentos intrusivos são pensamentos que surgem em nossa mente sem que tenhamos conscientemente pensado em algo no momento em que emergiram. Eles são considerados intrusivos porque acontecem espontaneamente e aparentam ser difíceis de se afastar a medida em que se instalam uma primeira vez.

Normalmente, os pensamentos intrusivos se relacionam com níveis de ansiedade mais elevados, mas essa condição não necessariamente precisa existir para que surjam. Algumas das características que mais os definem são a recorrente sensação de falta de controle sobre quem os tem e seus conteúdos, que podem demonstrar origens diferentes.

Quando são estritamente negativos, essa experiência pode estar vinculada a algum medo individual que reside na vida da pessoa, talvez em alguma vivencia atual ou do passado, em algo que a pessoa tenha visto. São pensamentos que causam estranheza e normalmente não se alinham com os valores de quem os tem.

Quando se tornam obsessivos (falaremos mais abaixo), podem fomentar um ciclo que traz desordens maiores a saúde mental desse sujeito, na medida em que esse medo e os níveis de angústia e ansiedade aumentam e não são bem compreendidos para serem desconstruídos e ressignificados em suas experiências históricas de vida.

As manifestações desses pensamentos são infinitas e podem assumir representações temáticas que fazem ou não sentido imediato para as pessoas que os têm. Algumas lidam com imagens negativas da realidade, outras com ideias aterrorizantes; uma variedade ilimitada de temas é possível.

Às vezes, pensamentos intrusivos como esses surgem em nós precisamente porque não queremos agir ou pensar desta forma, pois eles são simplesmente a coisa mais inadequada que a nossa mente pode imaginar. Mas ter esse tipo de pensamento é algo possível e normal em algum momento de nossas vidas (Lucas, 2016).

Em relação a pensamentos intrusivos positivos, consideramos as ideias e reflexões espontâneas que temos ao longo da vida e que também podem persistir em nossas mentes. Nesses casos, os temas também podem ser diversos, mas ao não nos agredirem, não nos despertam nada além de prazeres e indagações saudáveis.

Situações do cotidiano, conversas com amigos, com um companheiro de vida, ambientes diferentes, uma viagem; esses e outros exemplos de acontecimentos podem despertar insights cheios de benefícios em nossas mentes, que se prendem a ela até que os entendamos e tiremos seus frutos. Esses também seriam pensamentos intrusivos.

Pensamentos intrusivos e realidade: eles se tornam verdade?

Uma das coisas mais importantes que precisamos saber sobre pensamentos intrusivos é que ter tais pensamentos não significa que a realidade que descrevam seja verdadeira, que suas predições irão acontecer ou que seríamos capazes de concretizar suas ideias. Pensamentos intrusivos, como quaisquer outros pensamentos, são apenas pensamentos.

Uma das principais dificuldades que existem quando falamos sobre a relação entre a realidade e nossos pensamentos se encontra exatamente na maneira como os enxergamos, considerando sua existência algo que necessariamente deveria beirar sempre a perfeição e a representação constante de ideias livres de conflitos e dificuldades (Barbosa, 2004).

Quando falamos sobre pensamentos intrusivos negativos, por exemplo, uma pessoa se incomoda justamente porque sente essa necessidade e valida seus conteúdos como sendo reais de alguma maneira. É uma lógica de legitimação dos pensamentos que se rompe apenas com a conscientização de que quem pode fazer deles a realidade seria apenas ela mesma.

Em casos como esses, a distinção entre certo e errado também surge para as pessoas, que felizmente acostumadas a serem responsáveis, conscientes e preocupadas com seu bem estar e dos outros, ao se depararem com pensamentos dessa natureza, se assustam, devido ao habito de pensarem ter sempre certo controle sobre suas ações e sobre suas ideias.

A respeito de pensamentos positivos, os insights e ideias constantes que temos também dependeriam somente de nós mesmos para alcançarem sua concretização na forma de boas iniciativas, cabendo a nós construir um bom fim aos pensamentos que de início poderiam ter surgido como algo estranho ou diferente.

Ter uma ideia é algo que muitas vezes é intrusivo, mas por não oferecer nenhum risco ou malefício, poucas pessoas notam ou se incomodam com isso. Dizemos a mesma coisa sobre pensamentos intrusivos positivos. Quando surgem, nós temos o poder de tirar o melhor de sua aparição e concretizar seu conteúdo, caso queiramos.

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Nesse sentido, a regra, tanto para pensamentos positivos quanto para pensamentos negativos, seria sempre a mesma. Ao entendermos que não temos o controle absoluto que pensamos ter sobre tudo que se passa em nossa mente, entendemos que os limites entre o pensar e o agir somos apenas nós mesmos quem estabelecemos e que, na realidade, deveríamos nos preocupar menos com seus conteúdos.

Pensamentos obsessivos também são pensamentos intrusivos

É natural para os seres humanos que queiram manter certo controle sobre certas coisas na vida, ainda que esse desejo se mostre minimamente para alguns. Muitas dessas coisas, no entanto, se encontram fora do nosso controle, sendo o conteúdo de uma boa parte de nossos pensamentos certamente uma delas.

Entrar em uma batalha na qual a derrota está garantida é ter a certeza de que se está caminhando em direção a desordem e ao enfraquecimento em todos os sentidos. Quando tentamos manter estrito controle sobre nossos pensamentos, estamos realizando exatamente isso, estamos nos expondo ao risco de vê-los transformados em obsessões.

Para que pensamentos sejam considerados obsessivos, eles devem ser intrusivos, constantes, desagradáveis e indesejáveis. Quem os tem não os quer ter e, embora saiba que jamais concordaria com o conteúdo desses pensamentos ou faria aquilo que eles sugerem, sente uma pesada culpa por tê-los (Barbosa, 2004).

Pensamentos obsessivos se distanciam de pensamentos intrusivos comuns quando sua frequência de aparecimentos aumenta, quando a pessoa em questão não consegue dissocia-los de sua vida cotidiana e quando passam a trazer níveis de desordem incomuns a vida e a saúde mental desse sujeito.

É um momento em que a pessoa normalmente tenta controla-los e acaba não tendo sucesso, se sentindo na obrigação de mudar seu comportamento para aliviar aquilo que sente, algo bastante impactante em sua realidade. Um contexto em que os níveis de angústia e ansiedade se elevam, e algumas situações se tornam extremamente difíceis de se viver.

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Pensamentos dessa natureza estão intimamente ligados ao medo, que apesar de ser um sentimento absolutamente natural e saudável, cuja função é nos resguardar de maiores problemas e dificuldades, acaba se tornando algo irracional e destrutivo, limitando nossa capacidade de pensar, de agir e de sentir livremente aquilo que queremos.

Os medos causados por esses pensamentos podem representar até mesmo alguns medos bastante comuns, mas ganham uma dimensão muito maior quando são erroneamente avaliados pela pessoa como tendo uma probabilidade maior de acontecerem, dando continuidade ao desenvolvimento das obsessões e das dificuldades que normalmente as acompanham (Barbosa, 2004).

Entendendo cada um como um universo único e caracterizando esses medos, devemos entender também que seus conteúdos podem ser bem diferentes de uma pessoa para outra, não havendo uma cartilha única que define seus temas, suas formas de aparecimento ou a maneira como servem de fomento ao desenvolvimento desses pensamentos obsessivos.

Normalmente, algo que as pessoas de fato compartilham nesses casos são as origens desses medos, que na maioria das vezes estão vinculadas a acontecimentos do passado, como traumas e eventos traumáticos não compreendidos ao longo da vida, e que acabariam surgindo dessa maneira perturbadora, dentre uma gama de outras formas recorrentes e bastante possíveis de manifestação.

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Mais abaixo falaremos sobre boas formas de se lidar com pensamentos intrusivos, mas nos casos em que chegam aos níveis de uma obsessão – e cada indivíduo pode definir isso autonomamente de acordo com seu sofrimento –, além de coloca-las em prática, talvez seja bastante interessante também buscar a ajuda de um psicoterapeuta profissional.


Pensamentos intrusivos são apenas pensamentos

Como entender que a experiência humana é diversa e que os pensamentos intrusivos fazem parte dela, assim como uma música que teima em aparecer em nossa mente quando não queremos? Começar entendendo que sempre temos pensamentos, bons e ruins, todos os dias, é um grande passo para isso.

Muitas vezes nem estamos conscientes deles, e outras vezes, nos incomodam, pois não condizem com nosso modo de ser, de pensar e de agir. Assim, acreditamos que não deveríamos tê-los ou que é errado tê-los, como se isso fosse indicativo de alguma falha de caráter escondido (Barbosa, 2004).

Grande mentira, pois mesmo pensamentos incômodos não são anormais. Nosso inconsciente, por exemplo, está sempre se comunicando conosco, e os próprios pensamentos intrusivos podem significar que devemos olhar para nós mesmos; mas não que sejam um problema. Dissemos isso acima e reiteramos nesse momento.

O problema está em imaginar que não deveríamos tê-los de modo algum, que é proibido tê-los ou que eles podem trazer consequências graves, tornando-se realidade. No fundo, pensamentos intrusivos são apenas pensamentos, e como explicaremos a seguir, existem boas formas para que lidemos com eles.

Quanto mais evitamos tais pensamentos ou nos preocupamos com eles, mais presentes e insistentes eles se tornam em nossa mente. Não querer pensar em algo já nos faz pensar neste algo. E, por dar tal importância a esses pensamentos, aumentamos muito o risco de tê-los repetidamente (Barbosa, 2004).

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Novamente, pensamentos intrusivos são apenas pensamentos. Mas claro, pensamentos devem ser analisados e seus conteúdos, obviamente, tem algum significado. Ao longo do artigo fizemos essa relação com nossos medos, por isso devemos ficar atentos, mas nunca deixar, e assim concluímos, que dominem e controlem nossa vida.

Como lidar com pensamentos intrusivos de maneira positiva?

Em primeiro lugar, como dissemos ao longo do texto, é muito importante entendermos que pensamentos intrusivos são apenas pensamentos, e que termos tais pensamentos não significa que a realidade que descrevam seja verdadeira, que suas predições irão acontecer ou mesmo que seríamos capazes de concretizar suas ideias.

Ainda que possamos entender que um determinado pensamento tenha elementos do real, eles moram apenas em nossa mente e fazem parte de um processo natural da vida humana. Em um momento ou outro, as pessoas entram em contato com pensamentos intrusivos, mas isso não significa, como bem explicamos, um sinal de alguma possível anomalia.

Aceitar os pensamentos intrusivos é outro ponto fundamental para que lidemos bem com eles. Sejam pensamentos bons ou ruins, diversas pessoas tentam reprimi-los ou evita-los  como se significassem algo negativo, e não conseguindo encontrar a resolução que esperavam, acabam sentindo bem mais do que deveriam diante do acontecimento dessa experiência.

Aceitar, no entanto, não significa ficar à mercê desses pensamentos e não fazer nada em relação a eles. Na realidade, a aceitação deve existir junto da capacidade em percebermos que podemos sempre retomar o andamento de nossa mente, e que para isso seja feito de forma eficaz, faz parte também deixar com que esses pensamentos intrusivos se manifestem no momento em que bem entenderem (Lucas, 2016).

Além desses dois meios, dialogar com nossos pensamentos intrusivos também pode ser uma excelente forma de aceita-los e de entende-los como o algo natural que realmente são, entendendo que no momento em que retiramos de seus conteúdos e de seu surgimento alguns estigmas, eles deixam de nos instigar o medo – especialmente quando negativos – que nos instigavam antes.

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Como dissemos ao longo do texto, muitos de nossos pensamentos estão vinculados a sentimentos e emoções que ainda temos que descobrir e que entender, e essa conversa pode significar também uma grande abertura de oportunidades para isso. São pensamentos que falam e que podem nos ajudar bastante no descobrimento de alguns elementos importantes ainda não descobertos sobre a nossa própria história.

Dessa lista, um quarto e último meio também interessante para que se lide bem com essa experiência está em desafiar nossos pensamentos intrusivos, nos propondo a encara-los de frente e irmos em busca de algumas boas reflexões. Seja com uma ideia ou com algo aparentemente negativo, a tentativa está em refletir sobre os próprios pensamentos.

Igualmente ao que acontece por meio do diálogo, os desafios diminuem alguns possíveis medos e quebram alguns estigmas que permitem com que olhemos para essa experiência de forma ampla e integral. É como uma dúvida inspirada no consciente; só conseguimos entende-la e assim resolver seu enigma, se pararmos um pouco e olharmos atenciosamente para o conteúdo que ela nos propõe.

Não devemos temer os pensamentos intrusivos, assim como não devemos temer outras experiências humanas, como o ouvir de vozes. Devemos entender e dialogar, sem medos, sem estigmas, e perceber que essas vivências querem dizer algo sobre nós e sobre nossa vida. Pensamentos intrusivos são nossos amigos, somente a linguagem deles é que é algo mais difícil de se entender.


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46 Comentários


  1. Olá Pietro,
    Meu nome é Carlos Eduardo Pedroso e sou psicólogo bem como professor do curso de Psicologia da UNIP Santos. Foi muito interessante e enriquecedor a leitura de seu artigo. Fiquei interessado nas referências que citou durante o texto – Lucas, 2016 e Barbosa, 2004. Gostaria que pudesse informar a referência completa das produções que se baseou e, se possível, compartilhar essas referências.
    Obrigado

    Responder

    1. Olá, gostei muito do texto muito informativo.
      Agora gostaria muito que vc pudesse me responder: meu filho tem 26 anos e desde os 22 ele começou a achar que as pessoas estavam lendo sua mente ou que pessoas do trabalho o estavam seguindo, ainda ontem me falou que acha que eu posso ter um chip implantado que me faz reagir conforme os pensamentos dele. Tento argumentar a ele sobre esses pensamentos dele mas sem sucesso. Estou muito preocupada o que fazer? Ele saiu do trabalho e vive recluso em casa.

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      1. Ola Selma !!! Eu já tive essa sensação de Pessoas Lendo meus Pensamentos,sofri muito esse terror me aconteceu aos 25 Anos … Me curei !! Descobri que Além da Ansiedade essa falsa interpretação de leitura de pensamento.Sao apenas palpites mentais !!!

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  2. Texto muito bom, a parte das emoções que podem estar por trás dos pensamentos, destaco que gostei… e vai muito ao encontro das ideias da Análise Aplicada do Comportamento, que considera os pensamentos também formas privadas de comportamento e portanto, eles tem função (es) e o objetivo é, também, desvendá-la(s)…

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  3. Parabéns pelo seu trabalho!
    Obrigada pelo envio desse texto.
    Forte abraço!

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      1. Pablo valente gostaria quer você me enviasse mais texto sobre os mistério da mente.. ser você poder?

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  4. Mto bom seu texto e conteúdo! Sempre sofri c pensamentos intrusivos, n sabia oq era antes de ler seu texto, como ele mesmo diz, achamos ser errado ou desvio de caráter, parabéns pelo texto me ajudou mto..

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      1. Olá Pablo, parabéns pelo texto esclarecedor! Me auxiliou muuuuito.

        Gostaria de saber se esses pensamentos intrusivos podem também se revelar através de sonhos.

        Por exemplo: um medo de tal comportamento cria na pessoa pensamentos intrusivos obsessivos. Ao dormir ela também possui sonhos com temáticas negativas parecidas, e ao acordar acredita ainda mais que seria capaz de fazer tais atos, gerando um ciclo negativo de pensamentos e sentimentos de culpa.

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        1. Nossa era exatamente isso que eu tinha e já tava me prejudicando a anos há muitos anos, não só a mim, mas as pessoas em volta já tavam se incomodando, eles já tinham virado obsessivos, graças a Deus com a cabeça mais fria no lugar sem incomodação li e esse posto e identifiquei que era isso que eu tinha, muito obrigado do fundo do coração, eu identifiquei o problema e consegui solucionar, Deus te abençoe muito.

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          1. Olá Diego, nossa seu depoimento é muito importante para nossa equipe e fico feliz que o artigo tenha ajudado.


    1. Me ajudou bastante também. Achei que esses pensamentos fossem fruto de um desejo inconsciente meu. E isso me aflige.

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  5. Olá!
    Gostei muito de fazer a leitura do artigo. Tenho passado novamente pela experiência de ter muitos pensamentos intrusivos e também pensamentos antecipatórios catastróficos. Estou aceitando a presença deles e hoje compreendo que pensamentos são apenas pensamentos. Até publiquei ontem no meu status do Whatsapp uma frase sobre não sermos a nossa mente.

    Eu não me identifico com os pensamentos negativos que tenho. Preciso e quero voltar a tomar a medicação que me é prescrita para tratar o transtorno depressivo-ansioso. Penso na importância da terapia nesse processo, mas no momento não tenho condições de bancar acompanhamento psicológico.

    Por fim, no fim do texto está escrito que os pensamentos intrusivos são nossos amigos, só que com uma linguagem diferente para a compreensão. Gostei muito de ler isso, faz todo o sentido!
    Gratidão pelo bom texto!

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  6. Muito agradecida, percebo que sofro com pensamentos que vão e vêm. Muitas vezes os deixei crescer, os trouxe pra realidade e prejudiquei meu relacionamento com as pessoas, sobretudo no trabalho, onde os conflitos são uma constante, e me desenergizam muito. Gostaria de nao precisar dar importancia aos negativos, mas sempre fico em dúvida se são intuições ou apenas pensamentos que devam ser descartados. Abraços e gratidão pelo artigo. Parabéns!

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  7. Muito bom seu texto, esclareceu de forma objetiva sobre os pensamentos intrusivos. E é confortante para quem tem, saber que são normais e que podem acontecer, não necessariamente está atrelado a nosso caráter e que devemos ter consciencia de que quem apenas podem torná-los reais somos nós mesmos! com certeza acredito que estão relacionados a traumas e medos, principalmente da infância onde podemos formar nosso caráter e visão sobre o mundo que vivemos.
    Pensamentos são apenas pensamentos, não realidade!

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  8. Obrigada pelo texto! Tirou uma angústia sem tamanho de dentro de mim. Poder, agora, nomear o que tenho, o que sinto, entender melhor esses processos me salvou, de verdade. Obrigada.

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  9. Boa tarde,
    Meu nome é Márcio. Tenho um pensamento terrível de estar pegando uma faca e indo pra cima da minha mãe. Isso está me atormentando há mais de 1 ano. Eu seria incapaz de fazer mal à pessoa que mais amo no mundo, ela é a minha vida e esses pensamentos pioram na depressao e pioram a minha depressao. Evito ir à cozinha com medo de pegar uma faca, ou quando eu vou, eu sinto vontade de chorar. Tb sinto que tenho me afastado dela por causa disso, com medo de fazÊ-la mal, isso tá acabando com minha vida, sou incapaz de fazer isso com alguem, a única coisa q mato é barata. Vivo num pesadelo. Me ajuda! Obrigado

    Responder

    1. Olá Márcio,

      Obrigado pelo seu depoimento. Sabemos que não é fácil abrir nosos sentimentos e pensamentos. Indico você procurar o CAPS da sua cidade eles vão pode te ajudar.

      Responder

    2. Olá!
      Eu estou feliz em ler este texto. Sofro muito com esses pensamentos, e eles sempre giram em torno do meu relacionamento. É algo atormentador, porque eu sei que aquilo não é o que eu quero pensar, mas sempre aparece na minha mente . São diversas coisas, que tenho até vergonha de dizer .Mas já adianto que já senti inúmeras vezes, vontade de me matar, ou abrir minha cabeça com uma faca, pra ver se aquilo parava. Só Deus sabe. E quanso esses pensamentos ruins vem ( sempre de coisas do meu passado com outras pessoas , de uma forma que eu nunca desejaria pensar) eu conto para meu companheiro, me sinto na obrigação, é tudo muito horrível, eu amo ele mais que tudo ,mas minha cabeça faz eu pensar coisas totalmente ao contrário. Só Deus pra me ajudar , e ter piedade de mim , mas também do meu companheiro, que tem que ouvir tudo e ainda me entende , e sabe que eu sofro com isso .

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    3. Eu melhorei com sertralina 50mg + alimentação mais vegetariana e atividade física todo dia. Psicoterapia é bom mas é caro. Se estou ansioso tomo tbm valeriana ou chá de camomila. E o principal, muita oração a Deus.

      Responder

  10. Por muito tempo eu quis dar um nome ao que me incomoda. Graças a este artigo, agora eu posso, são os “pensamentos intrusivos”. Eu sofro com isso há tempos, não sei dizer especificamente quanto tempo, mas recentemente comecei a refletir e acho que descobri a origem dos meus pensamentos intrusivos. Resumidamente, eu morria de medo de bater meu carro, fantasiava isso às vezes, e um dia aconteceu. Não exatamente como eu temia, mas aconteceu. Foi uma batida forte, mas não me machuquei. A partir daí acho que passei a acreditar que tenho “super-poderes” e que o que eu imagino pode se tornar realidade apenas porque imaginei. Algumas coisas contribuíram pra isso, como o filme “O Segredo” etc. Agora, eu comecei a racionalizar e enfrentar esses pensamentos, ponderando o quanto estão de acordo com a lógica e com a realidade, a
    conclusão é sempre que são absurdos, mas mesmo assim, às vezes a angustia não passa como se no meu inconsciente ainda existisse um “mas e se acontecer”. Estou tentando me recuperar.

    Responder

    1. Sou psicóloga e gostaria de ler mais a respeito. Poderia mandar sua fonte de pesquisa? Obg

      Responder

  11. Pablo, antes de de mais nada, qualquer palavra ou comentário que eu deixar aqui não ira transparecer tamanha gratidão que tenho por compartilhar esse artigo e você ter escolhido exercer sua profissão.
    Há meses venho desenvolvendo pensamentos intrusivos e durante o mesmo período de tempo venho desconfiando de pessoas que me amam, melhores amigos e ate mesmo familiares. Sinto uma necessidade enorme de reafirmar todos os dias os meus valores sendo que na verdade (agora entendendo e após ter lido o artigo) percebo que não existe essa necessidade de reafirmar meus valores, pq eles são verdadeiros e estão dentro de mim. O medo de enfrentar os pensamentos intrusivos também estavam alimentando meu comportamento em sempre dizer a mim mesmo “como vc é capaz de pensar isso?” sendo que esse pensamento não condiz com o que eu realmente faria ou quero que aconteça. O pensamento é somente um PENSAMENTO.
    Quero mais uma vez deixar aqui o meu muito OBRIGADO pelo artigo, por compartilhar o seu conhecimento e deixar registrado que voce mudou a vida de um jovem daqui para a frente.
    Um forte abraço, Pablo.

    Responder

          1. Olá Pablo
            Gostaria muito de frequentar um grupo que aborde esse tema


          2. Parabéns eu pensei que só eu tinha isso não posso conversar com ninguém que já penso coisas negativa tudo eu penso parace que é comigo não tenho amigos por conta disso mais grasca a Deus de hoje em diante posso saber porque eu sofro disso obrigada que Deus te abençoe sempre e que vc ajude muitos mais pessoas com. Esse mesmo problema


  12. Ótimo trabalho este texto nos traz uma ampla visão naquilo que não vimos a educação da mente.

    Responder

  13. Por favor, eu preciso de ajuda! Sofro com pensamentos intrusivos loucos, entendo que são só pensamentos, mas tenho um problema que vai além disso! Tudo que eu imagino de pior acaba virando realidade! Alguns exemplos: meu maior medo era perder meus pais, pois aconteceu! Meu maior pavor era minha casa ser invadida por insetos, pois aconteceu! A dedetização não resolve o problema e todos os lugares em que pensei que veria insetos, os vi, inclusive dentro de uma bolsa que estava com medo de abrir; foi só abrir pra ver a barata lá dentro! Dei apenas 2 exemplos pq senão teria que escrever um livro de 1000 páginas! 95% de tudo de ruim que penso acontece exatamente como penso! Eu não sei mais o que fazer em relação a isso, não conheço ninguém como eu e qdo tento explicar, ninguém entende! Preciso de ajuda!

    Responder

  14. Olá Pablo,
    Tenho pensamentos intrusivos desde os 7 anos, hj estou com 28. Eram sempre a noite, me tiravam o sono mas não me preocupavam pq a princípio ninguém tinha ciência. Na verdade durante a noite perdia a capacidade de pensar e falava sozinha só que de boca fechada. Até que a partir dos 16 anos não conseguia manter uma leitura pra mim. Se repetia a mania noturna. Enfim, a três anos que tenho todo tipo de pensamento intrusivo que se possa imaginar, sei que é medo de falar sozinha e não manter uma leitura pra mim. Esses pensamentos geralmente são ofensas a qqr pessoa ou sobre mim mesma, afeta minha qualidade de vida e pior de algum jeito são audíveis o que me leva a obsessão. Gostaria de um depoimento de alguém com um transtorno parecido.

    Responder

  15. Eu sofro com isso. Na adolescência era questionando minha sexualidade, mas melhorou depois que eu deixei de me importar com a possibilidade de ser gay, bi etc.
    Hoje, é sobre meu relacionamento. Eu o amo e imagino meu futuro apenas com ele, mas eu as vezes questiono o que eu quero. Até aí é algo normal, mas nesse ano virou uma obsessão. Comecei a sentir medo de não o amar, comecei a ficar me testando criando situações mentais pra ver se sentiria ciúmes (achava que não e me deixava angustiada. Até que um dia numa situação REAL, eu senti), se eu me importaria etc.
    O que mais me aflige hoje é que um dia eu imaginei uma situação em que a gnt casava, vivia anos felizes e eu no fim terminava viúva. E aí depois disso eu sofria muito, mas superava e vivia uma vida de solteira. O ruim que me faz sentir culpada é que o pensamento tem um fundo de verdade. Eu comecei a namorar com ele muito jovem e não vivi essa experiência de solteira. Parte de mim sabe que gostaria de viver (mas eu sei que ele vale mais a pena que isso), mas eu sei que é idealização da minha cabeça, que eu sequer gostaria e me arrependeria de terminar por algo assim. Só que como isso me faz me sentir culpada, sinto que a situação que minha mente trouxe era uma espécie de solução pra culpa. Uma situação em que eu viveria o que não vivi, também viveria o que quero viver com ele, mas não seria minha culpa o fim. Eu experimentaria o que tenho curiosidade, mas não seria responsável pelo fim (e, DE LONGE, meu maior medo é de estragar meu relacionamento por meus pensamento obsessivos). O pensamento tirava minha culpa na história. Só que ele me trouxe MAIS CULPA. Tipo, como assim? Eu não quero que ele morra! Eu ficaria na merda. Na realidade meeesmo, não na minha mente, eu sequer sei se conseguiria seguir em frente. Essa coisa toda de vida de solteira é só uma fetichização minha, porque eu não vivi. Mas eu sei que se vivesse, eu nem gostaria assim. Só que eu sinto uma culpa sufocante por isso e sinto que não mereço o amor dele, porque ele é ótimo, compreensivo etc. Ele sabe de tudo, apenas não sabe sobre esse pensamento de viuvez, porque eu achei pesado pra contar.

    Responder

    1. Oi Rafa! Não sei você ainda tem esses pensamentos, mas gostaria de relatar minha experiência individual. Faz mais ou menos um ano que sofro com pensamentos obssessivos, neste meio tempo tive um relacionamento que não deu certo (o motivo não tem nenhuma ligação com os pesamentos), após terminar os pensamentos ACABARAM, foi incrível pois eu não “devia” nada a ninguém, após alguns meses encontrei meu namorado atual e no inicio eu não tinha esses pensamentos mas e acordo com o passar do tempo e o aumento de afinidade e amor eles retornaram, e toda angustia, peso e medo voltaram… Foi aí que finalmente entendi que meus pensamentos eram frutos de um medo *perder a pessoa com quem estou*. Quando a gente entende o porque dos pensamentos, se torna mais simples lidar com eles, tendo em mente de que não passam disso, pensamentos, que são completamente diferentes de desejos, sentimentos, e principalmente atitudes. Vou te ensinar tecnicas que aprendi com a minha psicóloga e que vem me ajudando:
      – Identificar que é um pensamento negativo, obssessivo
      – Lembrar que pensamentos são normais e é de natureza humana, não temos como os controlar
      – Entender que atitudes sim, tem peso, e criações não
      – Desenvolver um método de distração para a ansiedade que o pensamento causou como por exemplo ouvir música, ler, ou qualquer outra coisa que você gosta.
      Fica tranquila! Quando você começar a entender que pensar é normal, e normalizar pensar, as coisas vão mudar. Te recomendo procurar uma terapeuta, me ajudou muito. Boa Sorte pra nós nessa jornada hahaha! Espero ter ajudado.

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  16. Fico feliz e agradecido por saber que há pessoas qualificadas para oferecer, em forma de redação simples, coesa e eficaz,conteúdo que importa a todos. O texto demonstra o comprometimento desse blog com a melhoria na qualidade de vida de quem o acompanha!

    Responder

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