O que Aprendi em um ano Trabalhando com Saúde Mental?

Em primeiro lugar, trabalhar com saúde mental pra mim, podendo ajudar outras pessoas com o meu trabalho no CENAT, foi muito gratificante.

Em decorrência de tudo que eu vivi nesses últimos dois anos, tendo superado a depressão, aprendido a lidar com as compulsões do TOC e parado gradualmente de tomar medicamentos, essa experiência adquiriu um sentido especial pra mim.

Pude, dentre as coisas que conheci, conhecer um outro lado da psicologia que ainda não conhecia tão bem quanto gostaria no passado, seus métodos humanitários de tratar as pessoas e suas novas abordagens como ferramentas para isso.

Olhar o diálogo como uma ferramenta, perceber a valorização da experiência de quem sofre por parte desses métodos e abordagens; esses elementos me fizeram querer estar ainda mais conectado com esse mundo da saúde psicossocial.

Quer ler mais sobre outros temas interessantes da Saúde Mental? A gente deixa o link pra você!

Ao longo desse ano trabalhando, organizando eventos sobre saúde mental e produzindo conteúdos, vi como podemos melhorar esse setor no nosso país. Tem muita coisa boa sendo desenvolvida lá fora, pelo mundo, e nos inspirarmos nelas pode ser um passo proveitoso de se dar.

Convivi, por exemplo, com muitos palestrantes nacionais e internacionais, e com eles aprendi muito. Entendi melhor como as questões da saúde mental estão conectadas, como surgem muitas vezes de passados pouco explorados e entendidos, e como a psicoterapia pode ser fundamental pra que possam ser.

Seja o ouvir de vozes, a ansiedade ou a própria depressão, dentre um várias outras questões de cunho psicológico e social; as vezes o que falta é um trabalho bem estruturado e que priorize as vivencias de quem sofre.

Estigmas estão sendo quebrados e eu pude acompanhar isso bem de perto também. Os fóruns deram retornos especiais pra todos nós, não só a nós do CENAT, mas para os participantes, fossem espectadores, palestrantes ou outros. Recebemos muitas mensagens positivas ao longo desses 365 dias e isso nos inspirou ainda mais.

Aprender que a medicação surge como uma ferramenta, por exemplo, mas que não precisa ser tomada pra sempre, muniu minha consciência de conhecimentos e a partir disso pude ajudar pessoas próximas de mim; pude mostrar um outro lado pra elas.

Em um cenário de retrocessos, fizemos o bem e fortalecemos as bases das mudanças que tem sido feitas dentro da saúde mental e da consciência coletiva que a caracteriza.

Usuários da rede de saúde, familiares, profissionais dos CAPS, pesquisadores, clínicos, professores, psiquiatras, profissionais do serviço social; todos estiveram com a gente e compartilharam dos seus conhecimentos em comunidade.

E é isso que queremos, ou pelo menos é algo que eu realmente quero: fortalecer a comunidade brasileira de saúde mental pra que um dia todos os tratamentos tenham o mesmo princípio norteador – o contato mútuo e humano.

Quer ler mais sobre outros temas interessantes da Saúde Mental? A gente deixa o link pra você!

Esse ano de 2018 foi bastante especial pra mim, um ano de muitos aprendizados, de muita leitura, trabalho e desenvolvimento pessoal. O CENAT tem me propiciado isso e tenho tentado retribuir servindo da melhor forma aos princípios de todo nosso grupo:

Levar uma mensagem positiva, mudar a saúde mental e a vida das pessoas pra melhor apresentando a elas, aos seus familiares e aos profissionais que delas cuidam, novas abordagens, ferramentas e afins que possam as ajudarem a alcançar a própria autonomia e bem estar em suas vidas.

A maior verdade da saúde mental é que TODOS nós podemos…


Gosta de aprender sobre Psicologia e Saúde Mental? Assista nossos conteúdos no Youtube, conheça e se inscreva no canal!

1 comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *