A patologização da vida surge em um contexto em que expressões da natureza humana são associadas a categorias médico-psiquiátricas, baseadas na ideia de enquadramento necessário de “doenças mentais” a serem resolvidas por meio do modelo biomédico. A patologia, em detrimento à pessoa, toma conta na classificação de comportamentos possivelmente naturais diante da vida e impõem a “doença mental” como único elemento de sentido – na maioria das vezes, excluindo a vivencia da pessoa que sofre. Vivemos em uma sociedade que, ao longo dos anos, moldou-se Continue lendo→
Ao longo dos anos, a relação entre gênero e saúde mental tem sido cada vez mais estudada como um elemento importante na compreensão do surgimento de sofrimento psíquico entre homens e mulheres (desculpas antecipadas: por falta de tempo e de estudos, não conseguiremos incluir os LGBTQ+ nesse primeiro artigo) ao redor de todo o mundo. A ideia por trás desses estudos dizem respeito aos conceitos formulados conforme a história sobre homens e mulheres, a padrões de comportamento e atitude que alocam ambos os gêneros em Continue lendo→
No Brasil, a saúde da família é considerada um dos pontos chave da atenção básica, comportando a maior parte da população brasileira nesse quadrante, que é composto por idosos, adultos, crianças e jovens de todas as idades, em resumo, parte fundamental da base social brasileira e de todo país. Ao longo dos anos, com a expansão da saúde pública por meio das instituições e dos atendimentos de base na saúde, tem-se também a expansão da importância em cuidar das pessoas, principalmente as mais pobres, com Continue lendo→
Voltando um pouco no tempo, temos para a atenção básica a elaboração da Estratégia de Saúde da Família, que enquanto estratégia de reorientação do modelo assistencial à saúde, afastava-se do modelo biomédico e hospitalocêntrico para configurar-se como porta de entrada do sistema de saúde para uma amplitude muito maior de casos e contextos. Para a saúde mental não seria diferente, visto que, com as mudanças conquistadas pelo movimento da reforma psiquiátrica, desde a década de 70, novos olhares seriam lançados à situação das pessoas em Continue lendo→
Há vários bons motivos para que tocar, abraçar e beijar as pessoas que amamos seja algo reconfortante. Quando tocamos, abraçamos ou beijamos um amigo ou parceiro, por exemplo, esse gesto é carregado de significado. Procuramos afeto, tentamos estabelecer uma conexão ou podemos estar tentando comunicar uma necessidade. Recentemente, no entanto, alguns especialistas expressaram preocupação de que as sociedades ocidentais estejam passando por um momento de crise, à medida que o toque físico se torna mais estritamente regulado e estamos cada vez menos propensos a nos Continue lendo→
Localizados em diferentes cidades do Brasil, servindo como uma extensão da atenção básica para pessoas em situação de rua com maiores dificuldade de acesso à saúde básica, os consultórios na rua buscam salvar a vida de milhares de pessoas todos os dias. Seja por meio dos cuidados prestados ou por meio da conscientização e humanização inerentes ao contato, essa difícil missão fica a cargo de equipes multidisciplinares, formadas por profissionais de diferentes áreas da saúde, que compõem a estrutura e as ações do Consultório na Continue lendo→
Ao longo dos anos, os cuidados na atenção básica foram sendo ampliados para abarcar um número cada vez maior de cidadãos, mas de forma organizada e bem estruturada entre seus diversos serviços. A saúde mental entrou logo no início desse processo de expansão e hoje está integrada aos serviços realizados em Unidades Básicas de Saúde, dentre aqueles organizados pelos Projetos de Saúde da Família e alguns outros de fundamental importância. As novas abordagens da saúde mental foram essenciais para que uma mentalidade ultrapassada fosse desconstruída Continue lendo→
Desde algum tempo, o Sistema Único de Saúde oferece, dentre seus serviços, terapias alternativas para que sejam utilizadas em complemento às práticas conhecidas da medicina tradicional. São chamadas pelo Ministério da Saúde de integrativas. Baseadas em métodos e evidências científicas, as terapias alternativas surgem – algumas delas – em culturas de povos milenares, como os de cultura chinesa. São práticas que diferem do que conhecemos como canônico da medicina, e que ajudaram, ao longo dos anos, a romper alguns modelos e estereótipos, como a ideia Continue lendo→
Após anos de luta e dedicação por parte de gerações de brasileiros, de pessoas que viveram parte de suas vidas em função do desenvolvimento de tratamentos dignos em saúde mental para pessoas em sofrimento psicológico, conquista-se, ao final da década de 90, a concretização de uma nova política nacional de saúde mental. Baseada nos princípios da Reforma Psiquiátrica, de cuidados humanizados e estabelecimento de direitos àqueles em estado psíquico conturbado, ela tornou-se um marco e exemplo para a saúde como um todo. De tratamentos desrespeitosos, Continue lendo→
Há muito tempo se discute, entre profissionais e pesquisadores de ambas as áreas, a respeito do relacionamento entre Psicologia e Educação e suas implicações práticas. O surgimento da Psicologia Escolar dá-se a partir desses questionamentos e debates. A ideia de participação da Psicologia no âmbito pedagógico/da escola se alterou bastante ao longo dos anos. Elementos sociais, políticos, científicos e econômicos, tiveram impacto direto nessas alterações, tanto em retrocessos (anacronicamente falando) quanto em avanços e progressões. A importância da Psicologia Escolar para a formação de professores, Continue lendo→